quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Anvisa quer proibir venda de emagrecedores no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai realizar uma audiência pública na próxima quarta-feira, dia 23, para discutir a proibição de alguns medicamentos emagrecedores no Brasil. O cerco é aos remédios que contêm sibutramina e a inibidores de apetite derivados das anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol).

A iniciativa da Anvisa se baseou em estudos científicos e no parecer de sua Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) feito em outubro do ano passado. No documento, o órgão recomenda o cancelamento do uso das substâncias por elas terem mais riscos do que benefícios.

A sibutramina age direto no cérebro, causando a sensação de saciedade. Porém, de acordo com uma nota técnica da Anvisa, ela é pouco efetiva, e torna difícil a manutenção de peso a longo prazo. No caso das outras três substâncias, o parecer da Cateme indicou que seu uso pode causar graves riscos cardiopulmonares e no sistema nervoso central.

Na Europa, a agência de medicamentos recomendou a suspensão da venda e da prescrição de remédios com sibutramina em janeiro de 2010. A decisão foi baseada em um estudo que avaliou 10 mil pacientes durante 6 anos e apontou maior risco de evento cardiovascular entre os usuários da substância.

No Brasil, o cerco à sibutramina aumentou significativamente em 30 de março do ano passado, quando uma determinação da Anvisa passou a exigir apresentação de receita azul - que é numerada e controlada pela Vigilância Sanitária - na compra de medicamentos com esse inibidor de apetite. Além disso, a sibutramina passou a uma categoria superior na lista de substâncias controladas. De acordo com a agência, em 2009 foi consumida 1,9 tonelada de sibutramina no Brasil.

Fonte: Portal Terra

Um comentário:

  1. Sobre a proibição dos remédios que controlam apetite:

    Acredito que a ANVISA está tentando erradicar o uso abusivo destes medicamentos,(o que não é errado) entretanto, não está considerando o fato de que existem milhares de pacientes obesos e considerados de alto risco que necessitam de medicamento para o controle do apetite.
    Antes de proibir eu espero que o sr Dirceu Barbano tenha outro medicamento para oferecer a estas pessoas.
    Que se encontre o substituto não prejudicial antes de sua proibição.
    Seria criminoso permitir uma atitude de tamanho peso sobre uma fatia da população que não escolheu ser gordo, e muito menos escolheu tomar remédios.
    Infelizmente no Brasil, os órgãos estão corrompidos e a seriedade é superficial.
    Sinto muito pelos milhares de profissionais sérios que serão prejudicados, pela falta de fiscalização de um Órgão que tem por OBRIGAÇÃO fiscalizar o comércio e a distribuição dos remédios e não depois de 58 anos de uso, decidir que é prejudicial à saúde.

    Eu já acho que o que precisa ser reavaliada é a existência da ANVISA. Sua competência é altamente discutível. Precisamos de fiscalização, competência e seriedade. Não de despotismo e autarquia.

    Senhores do Governo Federal por gentileza está na hora de fiscalizarem a ANVISA.
    Autarquia não funciona!!

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