terça-feira, 20 de outubro de 2009

Comprar à vista ou parcelar sem juros?

Uma reflexão interessante, que sempre vem em nossa cabeça...vale a pena parcelar a compra ou guardar o dinheiro para comprar à vista? Veja o que diz o site “o consumidor moderno”, no estudo a seguir:


É bem provável que você já ouviu dos seus pais que deve guardar dinheiro para comprar algo que precise. Afinal, é possível negociar o valor para pagamento à vista e evitar os juros abusivos cobrados pelas lojas. Será que isso ainda é regra?

O que é melhor? Guardar dinheiro para comprar um produto à vista ou apostar em um crediário? Antigamente a resposta seria rápida e fácil: guardar dinheiro e negociar um bom desconto para o pagamento à vista.

Hoje, essa “regra” não é mais facilmente aplicada. Nossa equipe saiu às ruas e, aproveitando a redução no IPI para eletrodomésticos da linha branca (refrigeradores, máquinas de lavar, fogões, secadoras, freezers), quis saber se a dica que nossos país e avós davam de sempre poupar para comprar à vista ainda é válida.

Pesquisamos nas redes Ponto Frio, Magazine Luiza e Casas Bahia, além dos hipermercados Extra, Wal Mart e Carrefour. Apenas no Ponto Frio e no Magazine Luíza foi possível negociar o preço de um refrigerador para pagamento à vista – pouco mais de 8% de abatimento no Ponto Frio e 5% no Magazine Luiza -, nas demais, o preço se manteve imutável. Em relação às lojas online, Extra e Wal Mart ofereciam a possibilidade de desconto no caso de pagamento à vista, ambos por volta dos 5%.

O motivo de não darem desconto para compra à vista, de acordo com um vendedor do Wal Mart e outro da Casas Bahia, é que as lojas já diminuíram os preços por causa da redução do IPI. No Carrefour, o vendedor que nos atendeu comentou que até o final de maio os preços para a linha branca devem cair ainda mais, ou seja, a probabilidade do consumidor conseguir um descontinho a mais também deve ser menor.

Parcelamento sem juros - Por outro lado, se não é possível um bom abatimento à vista, todas as lojas apostam no parcelamento sem juros. O plano mais vantajoso é o do Wal Mart, que divide a compra em até 15 parcelas sem juros no cartão Hipercard. Já nas Casas Bahia, comprar usando o cartão da loja não vale tanto a pena, o cliente terá que pagar a compra em cinco meses. O Carrefour é o único a parcelar apenas no cartão da loja.

De todas as lojas, a única a oferecer o crediário tradicional, com boletos, foi a Casas Bahia, mas, nesse caso, esqueçam qualquer tipo de parcelamento pagando o mesmo preço à vista. A financeira que trabalha com a rede cobra de 3,3% a 5,9%, dependendo do número de parcelas, de juros. Nesse caso, parcelando em 24 meses, um bem que custa R$ 1399 pode sair por R$ 2500, quase o dobro.

Nas lojas online, com exceção do Carrefour, que não vende pela Internet, e a própria Casas Bahia, que mantém os mesmos planos das lojas de rua, todas as outras redes consultadas dividem o valor da compra em até 12 parcelas sem juros, em todos os cartões de crédito.

Alguns cuidados - Sugerirmos uma boa pesquisa antes da compra é quase como “chover no molhado”, qualquer consumidor cuidadoso sabe que é imprescindível “bater perna” por diversas lojas para encontrar o melhor preço. Mas também é interessante prestar atenção às promoções que são feitas de tempos em tempos. Quando fomos na loja do Ponto Frio, o vendedor nos mostrou um refrigerador com dispenser de água na porta pelo mesmo preço de outro, de marca concorrente, sem o atrativo.

É bom lembrar que estamos passando por uma crise econômica mundial. Essa mesma crise, que fez o governo diminuir o IPI, também é culpada pelo aumento do desemprego no país, por isso uma pergunta deve ser feita antes da compra: “eu realmente preciso comprar isso?”.

Mesmo que sua resposta seja sim, faça as contas para não estourar o orçamento e preste atenção nos documentos que irá assinar, algumas pessoas parcelaram suas compras no cartão de crédito sem juros, mas têm uma péssima surpresa quando a primeira fatura chegou e foram cobrados juros.

Além disso, pense muito antes de optar pelo financiamento com juros. Não se iluda com o valor “baixo” das parcelas, porque no final das contas, é bem provável que o valor pago dê para comprar o mesmo bem duas vezes.

Fonte: O Consumidor Moderno, por Valdir Antonelli

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